1/20/14

Ação inspirada


Não há vitória sem luta, não há recompensa sem merecimento. Mas você já ouviu falar de pessoas que fazem tudo o que podem e parece que nada dá certo pra elas? São pessoas que se esforçam, batalham, fazem muito mais do que faríamos e parece que, quando estão bem perto de uma vitória, algo acontece e lá elas voltam para o final da fila. Situações como essa costumam me deixar bastante pensativo. 

Eu faço parte de um grupo de pessoas que acredita na recompensa por mérito. Por causa disso, estamos sempre disposto a uma boa luta. Mas, com o tempo, tenho percebido que alguns de nós parecem ter se apaixonado pela batalha. Tenho a impressão de que, alguns de nós passaram a acreditar que, sem batalhas eles se tornariam menos importantes e perderiam o merecimento conquistado ao longo toda uma vida de sangue suor e lágrimas. Nesse ponto, eu passei a questionar o modelo. 

Por outro lado, tenho visto um bocado de gente se apegando a filosofias como as propostas por por filmes (ou livros como O Segredo). Nessas filosofias, existe uma fonte inesgotável de recursos e a abundância é um direito de todos. De acordo com essa forma de pensar, qualquer pedido será atendido; sempre! Só que, a forma de pedir é o pensamento. Se você pensa em coisas boas, coisas boas serão enviadas pra você; se tem pensamentos negativos, esses pensamentos serão registrados como pedidos e o pedido será enviado da mesma forma. Segundo essa forma de pensar, o pensamento negativo está na raiz dos problemas da maioria das pessoas. 

Se pudéssemos, no entanto, colocar essas duas filosofias em uma linha reta (ou escala), em qual das duas extremidades da escala você estaria? Mais próximo do grupo que acredita  na luta e na justa recompensa pelo esforço empregado ou no grupo dos que acreditam que existe um bem maior que cuida dos seus filhos como um pai generoso? Um pai que mesmo querendo o melhor para seus filhos, também respeita e atende os pedidos pois cada um deveria saber o que quer. Um pai que, mesmo lamentando o conjunto de pensamentos negativos de seu filho, simplesmente não consegue lhe negar o pedido como o pai que dá uma motocicleta para o filho adolescente. 

Não consigo deixar de pensar: "e se houvesse um meio termo"? E se você, que acredita na Bondade Suprema, a ajudasse com um pouquinho de esforço? Ou se você, que acredita na luta e no mérito, tivesse uma pitada adicional de sorte ou acesso aos benefícios recebidos por aqueles que acreditam na possibilidade de um lindo amanhecer e acordam mais cedo para ver o sol brilhar?


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