10/31/13

A gangorra do relacionamento


Já faz algum tempo, talvez você nem lembre; mas, quando era bem pequeno, você costumava dar muita atenção e aprender bastante com os mais velhos. Naquele tempo você costumava tratar com muito mais atenção, carinho e respeito tudo o que era diferente de você. E hoje, como você se relaciona com o diferente? Aliás, quem disse que o novo é diferente de você? Talvez você seja o novo!

Sua percepção de mundo foi formada em cima de uma base criada a partir da visão de mundo de suas referências. É bem verdade que cada nova referência foi escolhida levando em consideração um conjunto de referências anteriores (consciente ou inconscientemente). Você desenvolveu uma forma de pensar que foi testada e validada através de anos de experiências e, agora, você tem um conjunto de padrões de comportamento, reações, valores e crenças que funcionam muito bem para todas as situações como as que você viveu e sobreviveu. É um sentimento bem gostoso esse de já "saber alguma coisa da vida" e ter respostas para os problemas que aparecem, não é mesmo? Dá até um gostinho de colo de mãe. Mas, que você acha da frase abaixo?

 "Quando você pensa que tem todas as respostas, vem a vida e muda as perguntas.

Se eu levar a frase a sério, confesso que fico um pouco assustado. Quando éramos crianças, pelo menos tínhamos pouco a perder mas e agora? Pior, o jogo já está pra lá da metade do primeiro tempo. Já não tem mais tanto tempo assim pra virar o jogo. Isso tudo torna-se ainda mais assustador para as pessoas que compreendem a vida como uma batalha ou um jogo no qual há vitoriosos e derrotados.

Como você já acumulou alguns anos de estrada, é bem provável que tenha identificado padrões que se repetem na sua vida. Por exemplo, talvez você já tenha percebido que, se tratar o professor com um respeito parecido com o dedicado aos seus pais, as coisas tendem terminar bem. Se tratar o chefe com um respeito e obediência parecido com o dedicado ao professor, tudo tente a ficar bem também.



De certa forma, seguimos pela vida repetindo padrões e validando experiências que cristalizam aprendizados. E, esses aprendizados acabam por determinar o conjunto da sua obra e, no final, acabam por determinar quem você é.

Mas, e se você não gostar do que é? Não é nenhuma novidade, o filho não gostar do que o pai é. Inconscientemente, o filho já sabe que, tomando as mesmas atitudes do pai, acabará como o pai e, isso, ele não quer. Então, o filho passa a se comportar de forma diametralmente oposta à posição do pai. Sem perceber que os extremos de uma linha infinita estão, na realidade, muito próximos. Ao negar o que o pai é, o filho acaba por confirmar o padrão.

De certa forma, como o filho (ao invés de ser ele mesmo) passa sua via negando o que o pai é, a cada infortúnio da vida (por menor e mais natural que seja) pode ser atribuído, pelo filho, como uma negação de sua forma de pensar e, nesse momento, ao invés de procurar alternativa, o filho volta a ser muito mais o pai do que o próprio pai foi. Com um bônus: nesse momento, muitas vezes, o pai já aprendeu com o filho a mesma lição.

Enquanto não reconhecerem o padrão, continuarão trocando de lugar e, como o sol e a lua, se amando e, ao mesmo tempo, confirmando e negando as próprias teorias sem nunca se encontrar.


Veja também:

10/25/13

O que se perde ao julgar

Gate dreaming
Na pressa em julgar o que acreditamos ser diferente, acabamos nos esquecendo de agradecer o incrível trabalho que o diferente nos presta em ajudar a identificar quem realmente somos. A existência do diferente ajuda a identificar o semelhante e a reconhecer o "eu" dentro do semelhante. É incrível como, quando encontramos nós mesmos, através do diferente, ao invés de festejarmos e apreciarmos o "eu" recém encontrado, preferimos dirigir nossa atenção para o diferente como se precisássemos proteger o "eu" recém encontrado do ameaçador "diferente" que há no outro. Será que há algum traço de generalização e fraqueza nessa abordagem? 

Você lembra? Nos primeiros momentos da sua vida, você conseguia aceitar admiração, atenção e respeito tudo aquilo que não era. Mas já faz muito tempo, não é mesmo? Claro, essa tarefa era fácil porque você não tinha consciência do que era e parecia que o "tudo" estava fora de você. Naquele tempo, você absorvia o "tudo" como se fosse o único caminho para  que pudesse se tornar quem é e cumprir sua missão de vida. E, à medida que alguns foram absorvendo e aceitando o "tudo", foram se tornando também parte desse todo; ou, pelo menos, tomando consciência de que eram, primeiro, parte do todo e segundo, foram se conscientizando a respeito da própria identidade. Com o tempo, alguns esqueceram que eram parte do todo e ficou só a própria identidade.

À medida que passamos a acreditar que já somos grandes e provamos néctar sedutor do poder ilusório de julgar, abrimos mão do direito de admirar e agradecer a existência da diferença. Nesse momento, passamos a nos comportar um pouco como o Narciso e perdemos a oportunidade de aprender com o diferente que insiste em existir inclusive (e principalmente) dentro de nós mesmos.

E ao julgar o diferente, criamos conflitos intermináveis criando verdadeiras tempestades internas. Nesses casos, pode não ser muito sábio lutar contra a tempestade. Talvez seja mais prudente abraçá-la e, ao fazê-lo, como uma criança que ainda não aprendeu a ter medo de cachorro, você pode descobrir formas criativas de se tornar calmo no meio dessa tempestade e até de se perceber como parte dela. Quando você conseguir fazer isso, o sábio que existe em você conseguirá repartir sua calma e sabedoria com a tempestade e tanto você quanto ele ganharão o direito de usufruir da força e poder transformador desse novo e poderoso aliado.

Veja também:

10/21/13

Autonomia, propósito e aprendizado

Há um número considerável de pessoas que atribuem a falta de motivação a causas que não conseguem controlar. Elas alegam não ter controle algum sobre fatores externos como o trânsito, a corrupção, os impostos ou a chuva (ou falta dela). Esse pensamento parece ser a principal justificativa para um conjunto de pensamentos negativos que elas nutrem o que ajuda a explicar a forma como se comportam frente as circunstâncias. Mas, e se houvesse algo que elas pudessem fazer a respeito?

Propósito

Imagine, por um instante, um outro universo ou outro tempo. Nesse novo universo, você já descobriu o seu propósito de vida. Suponha que, apenas por uma questão didática, nós tomemos emprestado o propósito de vida de alguém. Vamos supor que o seu propósito de vida fosse ajudar as pessoas a aprender a estudar.

Com esse propósito em mente, você larga o seu emprego e vai para um instituto no qual se desenvolve técnicas avançadas de ensino e aprendizagem.  Nesse novo trabalho, você ganha 15% a menos e precisa acordar bem mais cedo mas, nem mesmo o ônibus lotado te atrapalha porque você passa toda a viagem refletindo sobre soluções criativas para melhorar o aprendizado das pessoas.




E imagina todos os benefícios que suas ideias trarão para as pessoas, todas as pessoas que vão se beneficiar, como elas vão ter uma vida melhor por causa do que aprenderam usando suas soluções de educação... algumas dessas pessoas, melhoraram tanto de vida que estão dispostas a fazer doações para que você continue o seu trabalho. Outras, compram soluções que você desenvolveu, e, logo, logo, você está com um patrimônio muito maior do que imaginou. E tudo isso apenas porque resolveu seguir o seu propósito.

Percebeu o potencial de impacto de um propósito na sua motivação?

Autonomia

Em um ambiente como o instituto hipotético no qual você trabalha, as pessoas partilham propósitos comuns. Todos sabem e confiam que todos estão dando o melhor de si para juntos alcançarem os objetivos. Dessa forma, as pessoas não interferem na forma de fazer de cada um. Aliás, todos sabem que há sempre várias formas de implementar uma solução e, enquanto houver uma boa comunicação, a forma torna-se secundária. Em especial se as pessoas forem flexíveis o que é uma premissa razoável já que todos estão trabalhando em prol em um objetivo comum. Essa é a noção de um ambiente no qual as pessoas têm autonomia.

Aprendizado

Toda essa motivação te deixa ainda mais disposto e você investe grande parte do teu tempo em pesquisas e estudos que te ajudam a compreender cada vez mais sobre o que você está fazendo. Quanto mais você aprende, mais motivado fica tanto a aprender quanto a trabalhar. Sabendo mais e trabalhando mais é muito razoável que você tenha, cada vez mais, um nível maior de autonomia e motivação.

Percebeu o impacto positivo do aprendizado na motivação?

Quando você contar essa estória que mudou a sua vida, alguns amigos vão questionar o fato de que o instituto é hipotético e que, na verdade, até o propósito dessa estória é ficção e isso servirá como uma boa desculpa para que eles continuem na vidinha mediana que levam reclamando de tudo e de todos.

Talvez alguns deles resolvam fazer como você, assumir o propósito hipotético como dele (até que ele encontre um outo) e começar pelo aprendizado. Propósito + Aprendizado implicam em Autonomia.

Propósito + Aprendizado + Autonomia  = Motivação

Propósito + Aprendizado + Autonomia + Motivação = SUCE$$0



10/15/13

LEGO Lord of the Rings

Uma fonte maravilhosa de oportunidades de aprender.

Desafios.
Assista ao filme com uma atenção extra para:

  • Quem é guardião e quem é herói.
  • Procurando ver mais semelhanças do que diferenças
  • Importância estratégica x força física ou habilidade
  • Relevância x beleza
  • Importância da diversidade


Pensando positivo

Muitos acreditam que a mente funciona como uma antena que orienta todos os sentidos na busca de soluções para o problema que ela está tentando resolver no momento.

De acordo com essa escola de pensamento, se você está com medo, a sua mente orienta seus sentidos a experimentar o medo e a validar as sensações que você está tendo. Por isso, quando você está com medo, tende a ignorar a maioria das informações que não estão relacionadas com o medo que está sentindo. Por exemplo:
Se você está num lugar estranho, sozinho, com medo e ouve uma música alta, um cheiro diferente e o ambiente está escuro, dificilmente você prestaria atenção numa placa mostrando a foto de um hambúrguer. É também quase certo, que você não se lembraria do preço do sanduíche; mesmo que estivesse escrito em letras grandes ao lado da palavra "promoção".
A sua mente, nesse momento, estaria procurando por sinais de segurança que estão relacionados com lugares claros e gente que se veste, se comporta e se parece como você. Se você encontrar uma lanchonete com essas características e estiver com medo, tem uma chance maior de entrar.

Por outro lado, se você estiver com fome e pouco dinheiro, a sua mente buscará soluções para esses problemas específicos e é bem mais provável que você note o preço do sanduíche e o cheiro de carne no ar.

Não se iluda, tanto a fome quanto o medo são reações importantes. São mensagens avisando que algo precisa ser feito. Entretanto, é importante não alimentar o medo e nem tornar a fome maior do que é. No momento tanto da fome quanto do medo, pensar no pior pode atrapalhar bem mais do que ajudar. Por isso, uma vez recebidas as mensagens de fome e de medo, torna-se uma boa política, passar a pensar positivo para que sua mente abra seus filtros passe a captar com mais eficiência as informações que vão ajudar a construir soluções criativas para o problema.

Algumas perguntas podem ajudar na construção de uma percepção positiva a cerca da situação:

  • Quem pode se beneficiar dessa situação ou da ação planejada?
  • Como essas pessoas serão beneficiadas?
  • Quando essas pessoas serão beneficiadas (curto, médio ou longo prazos)?
Veja também:

10/14/13

O super-prestativo e a morte do visionário

Regras são fundamentais para a convivência e a simples existência e reconhecimento delas já mostra um nível superior de maturidade em uma sociedade. No entanto, algumas vezes, essa importância é extrapolada e as pessoas se esquecem dos motivos pelos quais as regras foram criadas e passam a viver como se a regra fosse mais importante do que elas mesmas. Como se as regras não tivessem sido criadas para que as pessoas fossem mais felizes.

Há algum tempo, eu li um livro sobre uma menina a quem foi ensinado que a obediência era uma qualidade muito importante. Ela testou o conceito e foi muito bem tratada por ser obediente. Sua mente, como a mente de todos nós, era bastante literal e adorava repetir e extrapolar processos que funcionavam. Como era de se esperar, a mente da menina tentou maximizar a sensação de prazer que vinha do reconhecimento da sua obediência e foi exatamente aí que nossa aventura começou.

Com o passar do tempo, a menina aprendeu a fazer o que as pessoas queriam e aprendeu a gostar da sensação de servir aos outros. Ela realmente achava que essa era a forma certa de viver.

Mas, o que há de errado com isso? Quais as possíveis implicações não tão positivas dessa abordagem?

O primeiro ponto que me vem à mente é que um engajamento excessivo a causas alheias pode levar a uma vida com menos paixão. Não a paixão por uma outra pessoa mas a paixão pela vida ou pelas coisas que você faz.
É essa paixão que leva a ter a sensação de que tudo está dando certo e que a vida é fácil. Esse é o sentimento que algumas pessoas chamam de Vigor. O Vigor é uma etapa muito importante dos Sete Estágio de Maturidade.

Pode até haver outras formas de ser feliz na vida mas o Vigor é, definitivamente, uma alternativa que recomendo explorar.

Um outro ponto que convida à reflexão é que, quando alguém se entrega completamente à causa de fazer outras pessoas felizes e faz isso durante muito tempo; passa a ficar realmente bom nisso. Essa atitude passa a ser algo que ele faz sem muito esforço; eu diria até que é algo que chega a fazer de forma até inconsciente. Até aqui, só há pontos positivos.

Não entanto, quando se passa a agir inconscientemente, passa-se a ter também esse padrão como referência inconsciente e, uma referência inconsciente pode dar origem a graves problemas de relacionamento. As pessoas podem passar a exigir das outras que as tratem com a mesma atenção, dedicação e carinho que elas imaginam estarem dando. Ainda que os outros não sejam capazes de retribuir (ou até mesmo perceber) tamanho comprometimento.

Eu acho que é justo exigir tratamento semelhante ao que se dá mas, quando um tratamento beira a excelência e essa perfeição é alcançada de forma inconsciente, como essa pessoa vai perceber que os seres humanos à sua volta podem não ser capazes de dar um tratamento do mesmo nível? Pior ainda, será que essa pessoa é tão boa em perdoar falhas de tratamentos quanto é boa em tratar as pessoas à sua volta?

Já imaginou o tamanho das decepções que ela pode estar armando para a própria vida?

Mas esse nem é o ponto mais obscuro da abordagem super-prestativa. Na verdade, ao se dedicar tão intensamente aos outros, uma pessoa pode acabar por se afastar de sua verdade interior tornando ainda mais difícil descobrir e cumprir sua missão de vida. Negar a própria verdade interior é um dos golpes mais cruéis e mortais que se pode dar no visionário que existe dentro de cada um de nós.

Permita-se ser totalmente emocional

Há muita energia em ser emocional e não é nada inteligente desperdiçar tamanho potencial de força, coragem e fonte de soluções inteligentes e criativas para os problemas mais complexos que enfrentaremos na vida. O emocional é como uma bomba atômica! Ele é o canal através do qual podemos liberar uma quantidade absurda de energia em um espaço muito pequeno de tempo. Assim, seja para a realização de tarefas difíceis ou como um antidoto completamente natural contra a procrastinação, uma explosão emocional é sempre um escolha mais que plausível.
Isso posto, fica fácil perceber que nosso lado emocional não é uma parte a ser escondida ou reprimida mas sim um recursos maravilhoso a ser refinado, reconhecido, apreciado e compreendido para que ele possa colocar toda a sua força a favor do seu propósito de vida na hora mais apropriada.

A pergunta que cabe nesse momento é: Como, então, podemos conhecer melhor o poder e as características do nosso lado emocional?

Aqui está um processo prático:

O primeiro passo é agradecer a existência do lado emocional, reconhecer a sua importância e dedicar-se a aprender um pouco mais sobre ele a cada dia.
O segundo passo é reservar um momento para se permitir ser totalmente emocional. Nesse momento você  pode ser puro sentimentos e intuição. E lembre-se, quanto mais complexo for o problema, mais importante será esse seu lado na obtenção da melhor solução para o problema.
O terceiro passo é passar a usar a sua emoção (intuição e sentimentos) como parte relevante no seu processo decisório.
Comece com questões simples para ganhar confiança. Permita-se ser totalmente emocional em questões corriqueiras como escolher um filme para assistir, escolher uma loja para entrar ou uma roupa para comprar, ou até escolher um restaurante para ir.
Tive uma ideia. Encare isso como um desafio. Apenas por hoje, siga a sua intuição e experimente a uma escolha com a mente aberta e buscando o que há de bom na experiência.
Fazendo esse exercício regularmente, no mínimo você será agraciado com uma dose cavalar de acréscimo na sua criatividade além de se tornar alguém muito mais interessante com muito mais estórias pra contar e muito mais experiências pra repartir se tornando capaz de falar sobre lugares que você visitou, fotos que tirou, pratos que experimentou, situações engraçadas que viveu, pessoas novas que conheceu.
Você consegue imaginar quão melhor passará a ser a sua vida e de todos aqueles que te amam?

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Pensar com 6 cabeças diferentes

10/13/13

Dica prática para pensar de forma Objetiva

Sabemos que, em alguns momentos da vida, é preciso pensar de forma objetiva. Mas, como fazer isso? Aqui vai uma dica que pode ser bastante útil.

Recomendo que você pratique esse exercício, pelo menos três vezes por dia. Se você conseguir repetir esse exercício três vezes ao dia, durante quarenta dias, o processo passará a acontecer automaticamente na sua cabeça e você nunca mais vai precisar se preocupar ou gastar energia tentando ser objetivo.

Busca da informação.
Perguntas que podem ajudar:
 - Que informação nós temos?
Nesse momento, atenha-se aos fatos ficando o mais distante possível de julgamentos e significados. 

Exemplo:
 Você chegou em casa 30 minutos após o horário que costuma chegar normalmente. No momento em que chega, encontra sua linda e carinhosa esposa com "cara de poucos amigos".

Nesse caso, a maioria dos maridos assume que:
  • a esposa está brava, 
  • é porque ele chegou tarde, 
  • ela não tem o direito de ser tão exigente com ele e 
  • ele tem todo o direito de 30 minutos de papo com os amigos. 
 Pergunta essencial: Qual é o fato?
 No exemplo acima, há, potencialmente, dois fatos relevantes:
  • Você chegou 30 minutos depois do horário que costuma chegar.
  • Sua mulher não parece receptiva nesse momento. 

 Esse são os dois únicos fatos pertinentes no exemplo; o resto:
  • Você cheguou atrasado: interpretação que depende de você haver combinado um horário, de não ter ligado avisando, etc... 
  • Cara de poucos amigos da esposa.
A própria expressão "cara de poucos amigos" já está carregada de significados. Qual é, de fato, o fato? Ela te respondeu diferente quando você disse "Querida, cheguei"? Ela não te abraçou? Ela não sorriu pra você? Ela já havia jantado? Ela deixou um prato feito no forno pra você? Ela ficou olhando pra televisão?

Liste os fatos e apenas os fatos. Fica muito mais fácil pensar de forma Racional e Objetiva quando nos atemos pura e simplesmente aos fatos.

 Você tem todo o direito de tratar a situação como preferir. Entretanto, caso resolva abordar a questão de forma puramente objetiva, atenha-se aos fatos e apenas aos fatos.

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Pensar com 6 cabeças diferentes

Ferramenta SCORE

Não faz muito tempo, eu ouvi a estória de um passarinho que costumava tratar cada um de seus desafios como uma oportunidade que a vida tinha de puni-lo por coisas erradas que ele nem sabia que tinha feito.

Na verdade, de tanto pensar assim, ele passou a acreditar em um paraíso ao qual ele teria acesso após a morte. Com o tempo, a crença dele evoluiu para "nada realmente bom vem de graça" e, depois, "para se ter algo de bom era preciso algum sacrifício".

Levando esse raciocínio adiante, o passarinho generalizou para "todo e qualquer sacrifício o deixaria um pouco mais perto do paraíso"; ainda que cada novo sacrifício o deixasse um pouco mais distante do jardim maravilhoso que o aqui e o agora foram cuidadosamente projetados para ser. De uma estranha maneira, quanto mais sofria, mais feliz o passarinho ficava.

Um dia, uma cobra estava pronta para dar o bote e por fim a essa agonia quando, por um lapso de momento, olhou nos olhos do passarinho e viu uma estranha alegria que nunca havia visto antes; pelo menos não nos olhos de uma presa. E a cobra resolveu aproveitar a oportunidade de aprender com aquela situação.

Ao perguntar qual era o motivo de tamanha alegria, a cobra pode apreciar toda uma teoria a respeito de um paraíso que estava só esperando pelo passarinho logo após aqueles breves instantes de dor e incertezas que apenas serviam para aumentar ainda mais o merecimento.

A cobra refletiu um pouco a respeito da estória e resolveu repartir uma teoria na qual estava trabalhando. Afinal, ela não tinha muito a perder. Se o passarinho fizesse algum comentário do qual não gostasse, ela poderia simplesmente engolir o interlocutor e finalizar a discussão.

Segundo a teoria da cobra, um problema poderia sempre ser abordado de acordo com a sigla S.C.O.R.E:
  • Sintomas
Todo o processo começa por uma análise dos sintomas que se está querendo tratar. Essa análise será tão mais efetiva quanto mais seja possível entrar no modo "resolver o problema" e evitar o modo "mostrar que tenho razão" ou o pior deles "vou mostrar quem manda nessa estória".
  • Causas
Nessa etapa investe-se um certo tempo refletindo-se a respeito das possíveis causas do problema. Uma dica importante: evite julgar "as pessoas", "a situação" ou você mesmo durante essa etapa. Tão logo se encontra um culpado, deixa-se de pensar na resolução do problema e passa-se a pensar em punição e isso não costuma resolver muita coisa.
  • Outcomes - Benefícios ou Resultados esperados
Após uma análise das causas, deve-se reservar um momento de descanso para pensar em algo que realmente interessa. Nessa momento, deve-se imaginar o mundo colorido no qual tudo aconteceria como desejamos. Nesse estado de espírito, a gente lista todos os resultados esperados. Ou seja, como seria o mundo se o problema não existisse. O que experimentaríamos? Como seríamos tratados? O que ganharíamos?
  • Recursos
Com o estado de resultados esperados na cabeça e no coração, criamos uma lista de todos os recursos necessários para obter os resultados esperados. Nesse momento, não devemos nos preocupar com onde ou como conseguir os recursos. A ideia é apenas ter uma lista do que precisamos como se desejássemos usar essa lista para escrever uma carta para o Papai Noel.
  • Efeitos
Agora, antes de escrever qualquer carta para o Papai Noel, passe um tempo imaginando os efeitos de ter os recursos necessários, aplicá-los nas causas encontradas e curtir os benefícios esperados.

Com esse estado de espírito, curtindo os efeitos dos resultados esperados, faça uma pergunta mágica. "Qual é a primeira coisa que eu deveria fazer pra tornar esse desejo uma realidade?". Tão logo tenha uma resposta, não espere mais um segundo. Vá lá e FAÇA!
Veja também:

10/12/13

Seis maneiras práticas para ganhar maturidade emocional

Você já se deparou com um momento no qual teve que explodir?
Já passou pela experiência de alguém te falando algo do tipo:  "É nesses momentos que a gente descobre quem tem e quem não tem maturidade emocional".

Que tal chegar em um nível de maturidade no qual você conseguirá estar alguns passos à frente como a Trinity no filme the Matrix?

O segredo é prestar atenção nas suas sensações e sentimentos. Eu vou te mostrar como fazer isso em alguns instantes de forma simples e prática. Com o tempo, se repetir esse exercício regularmente, você perceberá que há padrões; sequências de sensações, sentimentos, imagens, diálogos internos, que se repetem de forma  muito rápida cada vez que você se envolve em uma situação de stress.

Essas sequencias podem começar, por exemplo, com um conjunto de sensações do tipo frio na barriga, arrepio na nuca, calafrio nos pés, um suspiro, etc. Em algum lugar da sequência, normalmente aparece uma conversa interna com uma voz que, na maioria das vezes julga e critica  ou dá ordens que você simplesmente cumpre sem questionar ou, pior, se culpa por não ter cumprido (com a ajuda nada carinhosa da voz crítica).



Ainda como parte da sequencia , é comum o sangue ferver e, antes que você perceba, já está envolvido até o pescoço numa situação que preferia evitar: uma briga, uma discussão ou tomando uma decisão importante de cabeça quente.

Supondo que você tenha chegado a um nível de consciência que te permita perceber quando uma situação problemática está prestes a acontecer. Nesse nível de consciência, há uma forma bastante criativa e divertida de organizar os pensamentos e dar voz aos vários "Eu"s que co-habitam dentro de você. Essa técnica ajuda a respeitar e a garantir o direito que todas as partes envolvidas têm de se expressar a sua própria maneira. E, dessa forma, que elas consigam dar suas valiosas contribuições não só na concepção do problema mas também na execução do plano de ação.

Essa técnica é conhecida como pensar com seis chapéus diferentes :
Essa é uma técnica muito poderosa na gestão de os conflitos internos. Sua aplicação pode ajudar a satisfazer as necessidades das várias partes envolvidas e minimizar o impacto de potenciais agendas ocultas.

Veja uma explicação mais detalhada a respeito da técnica (com um mapa mental inclusive) em Os 6 Chapéus de Bono e na apresentação abaixo.


Material adicional recomendado:

Tenha a coragem de cortar a corda...


Você conhece alguém para quem parece que nada funciona? As vezes, fica bem mais fácil encontrar saídas quando procuramos de uma forma diferente ou, pelo menos, em outros lugares. Não raro, a vida nos mostra alternativas que veríamos com muito mais facilidade se não estivéssemos ocupados demais tentando resolver problemas que nós mesmos criamos ou amplificamos.

Você já considerou a possibilidade de ver a sua crise como um momento de preparação para uma vida toda nova e cheia de possibilidades? Tente se ver, por um instante, como o veleiro do filme abaixo. Ele tem tudo para ser feliz. Sem maiores responsabilidades, ele tem mar à sua frente e uma deliciosa brisa que poderia levá-lo a qualquer lugar. A única coisa que o prende é uma cordinha bem fina (quase imperceptível para quem está olhando de longe); será que a corda existe realmente? E se a corda se romper, será que ele sequer notará?



Olhando para esse filme, alguém poderia pensar:
  • "Que semelhanças existem entre minha vida e esse veleiro?"
  • "Se eu fosse esse veleiro e cortasse a corda, qual o pior cenário possível?"

Talvez o veleiro flutuasse à deriva até as pedras, rompesse o seu casco e afundasse. Eu sempre me impressiono com o medo que os primeiros sinais de liberdade (quase sempre acompanhados de acréscimo de responsabilidade) causam na maioria das pessoas. Em especial, naquelas que estão acostumadas ao conforto de um lar quentinho ou a algum tipo de dependência.

A mera possibilidade da liberdade já assusta. É como se evitássemos sequer imaginar subir em um prédio alto com medo da queda. Veja, não estou discutindo se realmente subo ou não, estou apenas tentando imaginar e, ainda assim, assusta.

Tudo bem, você pode não ter a coragem de cortar a corda, mas, com um pouquinho de esforço, você consegue se imaginar cortando. Claro que, a primeira sensação não é muito animadora. Mas, se você conseguir apreciar cada uma das possibilidades, com o tempo, cenários muito mais animadores aparecerão. 

Em um cenário possível, você pode ser conduzido por uma corrente que não tem a menor intensão de fazer mal. Quem sabe você não chegaria a uma linda ilha tropical cheia de prais maravilhosas, céu azul, sol de verão, cachoeiras paradisíacas, pássaros, flores, sombras refrescantes e as frutas mais gostosas que você já provou? E se, nessa ilha, você encontrar alguém que está perdido há muito tempo e que te receberá com o abraço de quem esperava a tua chegada como um dos maiores presentes da vida? E se esse alguém estiver apenas te esperando para, com um pouco de coragem e o teu apoio, vencer os próprios medos e sair viajando contigo curtindo todas as maravilhas que o mundo tem para oferecer?

E se esse outro alguém, perdido nessa ilha deserta, for você mesmo?

Encontre uma força adicional:

10/11/13

Reconhecer sucessos do passado

Você consegue se lembrar de alguma coisa que você fez certo hoje? E o que você fez certo ontem? Não precisa ser todas as coisas, basta uma. Você consegue se lembrar de uma coisa legal que você fez em um dia que parecia estar dando tudo certo?
Será que foi pura sorte? O que fazer para que esses dias sejam mais frequentes na sua vida?
Talvez se você se lembrar de como esse dia legal começou e repetir o começo, quem sabe você não tenha o mesmo final?
Talvez a existencia desse dia tão especial tenha tido menos a ver com sorte e mais a ver com as suas atitudes com relação ao dia. Se isso for verdade, repetindo as mesmas atitudes, será bem provável que você tenha um dia tão prazeiroso quanto aquele.
Mas, como ter a mesma atitude se, aquele dia começou com alguém maravilhoso ao meu lado e um sorriso iluminado enquanto que hoje começou com a casa vazia e a certeza de que nunca mais vou ser feliz de novo?
É, precisamente, aqui, meu caro, que você começa a tomar o controle sobre a própria vida e felicidade. Pode ser que você não consiga escolher (hoje) com quem acordar (no dia seguinte). Em especial, se você não encontrou aquela pessoa que realmente vale a pena ter ao seu lado e com quem realmente valha a pena acordar. No entanto, as pessoas mais felizes do mundo não acreditam que foi o sorriso que fez o seu dia. Nove entre dez delas diriam que, o que fez aquele dia ser tão especial  foi a resposta que você deu ao sorriso. Melhor ainda, as pessoas mais felizes do mundo sabem que você é plenamente capaz de repetir essa mesma resposta de várias maneiras diferentes. Uma dessas maneiras passa por recriar aquele momento tão precioso. 
- Mas, como?!
Comece por recriar aquela imagem na sua cabeça (como se olhando uma foto antiga daquelas que faz a gente suspirar).
Agora que você já recriou o momento, você tem duas opções: 
a) Acreditar que nunca mais vai ter essa sensação deliciosa e se fazer triste por causa disso
b) Perceber que você realmente está vivendo esse momento de novo enquanto imagina, agradecer por ele ter acontecido da forma como aconteceu, apreciar o seu poder de recriá-lo tantas vezes quanto queira e canalizar essa poderosa energia que acabou de descobri dentro do seu coração para que ela trabalhe a seu servico (e das pessoas que têm a sorte de te ter nessa maravilhosa jornada que é a vida) transformando o seu dia de hoje e o dia delas todas para algo muito melhor.

Veja também:

10/9/13

A garota, o livro azul e a águia

Ela chegou da escola, correu para a cozinha e deu um abraço longo e apertado em sua mãe como se não tivesse visto aquela mãe há menos de poucas horas ou como se tivesse aprendido recentemente que aquele abraço gostoso, apesar de gratuito, pode não se repetir tantas vezes quanto as duas gostariam ao longo da vida.
A mãe, tanto satisfeita quanto curiosa, perguntou qual era o motivo de um presente tão especial. Foi quando a filhota lhe respondeu contando sobre o lindo livro azul que tinha encontrado na biblioteca. Esse livro trazia a estória de uma tribo que existiu há muitos anos em uma terra que, apesar de distante, tinha vários traços parecidos com os da cidade na qual elas viviam.
Mas não foram as semelhanças e sim uma diferença que mais chamou a atenção da menina. Naquela tribo, o amor era percebido de uma forma um pouco diferente. Na tribo, eles acreditavam no amor como uma característica (ou melhor, uma competência) mágica que estava presente em cada um dos membros da tribo.
Quanto mais eles praticavam essa magia, expandindo sua intensidade e efeitos, mais competentes se tornavam em diversas áreas da vida e mais mereciam não só as competências adquiridas mas todo o reconhecimento advindos dos resultados maravilhosos que tamanho poder gerava na vida das pessoas e na resolução de problemas pessoais, da tribo e de toda a floresta. Para os membros daquela tribo, a floresta e o universo era tudo a mesma coisa.
Quando sua mãe perguntou qual parte do livro ela mais gostou, a menina escolheu a passagem na qual uma criança narrava seu sonho mais frequente. No sonho, uma águia descia dos céus e ficava pertinho do riacho conversando sobre suas aventuras e compartilhando sua vasta experiência.

Em uma de suas lições mais valiosas,  a águia falava sobre cinco formas diferentes de amar:
- Toque: abraçar, beijar, apertar a mão, cruzar olhares "talvez". Segundo a águia, essa era a forma mais simples de experimentar pois basta a iniciativa... não tinha como errar.
- Dar presentes. Uma outra forma bem simples e, na percepção da águia, a forma mais fácil do ser amado perceber a existência do amor.
- Trabalho. Essa forma é bem mais simples de executar do que dar presente mas é um pouco menos fácil de ser percebida pelo ser amado. Muito trabalho é realizado por amor no mundo. Mas nem sempre é percebido pelo ser amado. Veja, por exemplo, o caso do amor de várias mães que conhecemos. 
- Fazer elogios. Essa forma é um pouco mais elaborada porque exige o crescimento de quem ama. Fazer um elogia, a um ser amado, exige do amante duas características muito nobres e difíceis de cultivar:
* Visão aguçada; sem a qual, não é possível enxergar o bem na ação ou na intenção do outro.
* Grandeza. Sem grandeza, o amante não consegue vencer o medo natural de se ver diminuído pelo crescimento que seu elogio proporciona ao outro. 

- Passar tempo agradável com a pessoa amada. Essa forma requer um pouco mais de sofisticação pois exige, além do tempo agradável, uma dedicação adicional em descobrir o que o ser amado gosta de fazer e em aprender a apreciar os momentos que os dois passam juntos. Dessa forma, o tempo juntos se torna agradável para os dois. Talvez, no fundo, seja esse o real presente de passar tempo agradável. O ser amado (ainda que inconscientemente) percebe um reforço da certeza de que é amado pois o amante, para poder passar um tempo realmente de qualidade, precisa de bastante dedicação em aprender o que o amado gosta e ainda mais dedicação para executar o que aprendeu além de correr o risco de ter todo o seu esforço ignorado. Essa é uma das provas de amor mais fortes que existem.

No caminho de casa, refletindo dobre o livro, a criança percebeu que não podia comprar um presente pra sua mãe. Pelo menos não hoje e ela não queria esperar mais nem um minuto sequer para começar a usar o que apendeu no livro. Por isso, ao chegar em casa, correu pra cozinha e deu o abraço mais gostoso e intenso que ela conseguiu imaginar.

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10/8/13

O funcionamento da mente...

As vezes a gente se pega pensando, olhando para o infinito, completamente disperso e, aparentemente, sem a menor noção do que se passa em volta. Já imaginou se fosse possível entrar na própria cabeça e observar o funcionamento desse maravilhoso sistema?

Não consigo parar de imaginar cenários a respeito de como se dá o processo de se perder em devaneios... Tem vezes que imagino um devaneio como o momento no qual a mente somática e a mente cognitiva olham uma para a outra (como dois personagens de um desenho animado), sorriem e se afastam um pouco para curtir o que se passa e apreciar um momento de descanso como se elas mesmas estivessem, por sua vez, assistindo a um filme no qual o personagem principal sou eu mesmo.


É como se, enquanto essas duas mentes descansam, o comando fosse passado para uma terceira entidade. Nesse momento, a mente de campo assume o controle de toda a nave e nos conduz por um lindo passeio com cheiro de domingo de manhã e um calor gostoso de quem está totalmente protegido e acompanhado daqueles que mais ama. Um passeio como aqueles que os pais amorosos levam seus filhos queridos para curtir suas infâncias cheias de esperança e imaginação.

No meu sonho, esse passeio é um momento não só de prazer e paz mas também  de intensa criatividade porque me encontro livre de todo o julgamento da lógica precisa (porém restrita) da mente cognitiva e não sofro a pressão de sargento e a pressa em fazer que é marca mais do que registrada da mente somática.

A mente de campo

Uma parte da minha mente é capaz de perceber o todo de acordo com uma lógica bem particular. Essa parte é capaz de processar uma quantidade absurda de informação simultaneamente mas não tem a noção de espaço e nem de tempo. No seu agora, ela considera tudo e todos como partes de um único todo. Por conta disso, ela não tem a noção de EU. Pra ela, tudo é nós. E como nós, ela é capaz de sentir a tristeza e a alegria, a dor e o alívio, as preocupações e a leveza no coração de cada um de nós que, pra ela, é o coração do universo.

Essa parte da minha mente é capaz de saber a verdade contida em cada um e identifica, em fração de segundo, qualquer desalinhamento entre o que é dito e o que é realmente pensado, desejado ou escondido.

Eu acredito que todos tenhamos uma mente assim. E, mesmo sem qualquer treinamento especial, somos capazes de fazer coisas maravilhas usando tamanho poder. Da forma que vejo, nós podemos até não saber qual é o desejo real de cada pessoa mas somos plenamente capazes de identificar, imediatamente, que o desejo real está desalinhado com as ações ou com as palavras de qualquer pessoa.

O treinamento adicional não parece ser para aprender a identificar esse tipo de desalinhamento. Acredito que o real objetivo dos treinamentos é aprender a aceitar os avisos que nossa Mente de Campo nos manda e que insistimos em ignorar.
Veja o vídeo com legenda em português aqui
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A mente cognitiva

A mente cognitiva é a que sabe. É a essa que normalmente nos referimos quando pensamos em inteligência, competência ou velocidade de aprendizado. Essa mente é capaz de conceber situações ou cenários, formular problemas, construir teorias ou hipóteses, construir lógica e seguir modelos. Ela também tem uma profunda noção de tempo e espaço e é excelente para se determinar onde estamos e onde queremos ir. Mas ela não é tão boa assim para, de fato, ir.


A mente somática

A mente somática é a que sente, é a que faz a gente responder rápido. Ela é responsável pela percepção de fome, de indignação, nojo ou paixão, vontade de sair feito louco dançando, cantando e sendo feliz. 

Essa parte da mente não julga muito, mas é a guardiã da chave de uma fonte quase que ilimitada de recursos. Ela é capaz de produzir a energia da explosão de uma bomba atômica mas não é capaz de exercer um controle muito rígido a respeito de como a energia produzida por essa explosão será utilizada. Ela tampouco é capaz de imaginar os impactos positivos ou negativos que tamanha quantidade de energia liberada em um espaço tempo tão curto pode causar sobre as pessoas à sua volta.
Não seria interessante se conseguíssemos usar um pouco dessa energia de forma organizada para construir verdadeiras maravilhas e desenvolver um futuro muito melhor para uma quantidade inesgotável de seres humanos?

Um dos caminhos para essa ganho adicional de energia e capacidade de realização passa por começar a prestar atenção na forma como o corpo está ligado à mente e perceber que essa ligação é uma estrada de duas vias.

Não é só o corpo que muda a postura quando a mente está alegre ou triste. A mente também muda o que pensa, sente e percebe dependendo do que o corpo sente ou de como ele se posiciona. 

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